Taxa de IMI desceu em 50 municípios e aumentou em sete. A grande maioria dos 308 concelhos decidiu manter o IMI em 2023.
Anualmente, os municípios fixam as taxas de IMI a cobrar no ano seguinte aos munícipes e comunicam-nas à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) até ao dia 31 de dezembro. E, de acordo com o artigo 112.º do Código do IMI, as atualizações destas taxas só podem ser realizadas dentro de limites bem definidos:
São precisamente as taxas de IMI definidas em cada ano pelos municípios que vão determinar o valor final a pagar de imposto da casa, já que o cálculo do IMI pressupõe a multiplicação da taxa fixada em cada município pelo Valor Patrimonial Tributável (VPT) do imóvel.
Num momento em que a inflação está a esmagar os orçamentos das famílias, 50 autarquias decidiram descer a taxa do IMI em 2023, como foi o caso de:
E apenas duas decidiram subir a taxa de IMI de acordo com os dados publicados no Portal das Finanças e analisados pela imprensa: Tábua, que aumentou de 0,3% para 0,35%, e Matosinhos, que passou de 0,325% para 0,375%.
Contam-se um total de 183 câmaras (59% do total) que fixaram a sua taxa de IMI em 2023 no mínimo estipulado por lei (0,3%). E entre elas está a de Lisboa, Amadora, Leiria, Coimbra, Bragança, Funchal, Castelo Branco, Viseu, Oeiras ou Sintra.
Já o IMI pela taxa máxima é cobrado em apenas sete municípios do país (cerca de 2,3% do total): Vila Real de Santo António, Alandroal, Cartaxo, Nazaré, Caminha, Mafra e Vila Nova de Poiares.
Além da tendência dos últimos anos ser de descida do IMI, há também cada vez mais autarquias a aderir ao IMI familiar: passou de 254 municípios em 2022 para 266 este ano, quase 90% do total, de acordo com o Jornal de Negócios. Recorde-se que o IMI familiar permite ter descontos no imposto para as famílias com filhos entre 20 euros (um filho) a 70 euros (três ou mais filhos).