Comprar uma segunda casa é a opção de muitos estrangeiros, seja para viver, para passar férias, ou até mesmo para fazer negócio com o arrendamento ou Alojamento Local. E na hora de escolher um destino para fazer este tipo de investimento, a qualidade de vida, segurança e paz que um país oferece são fatores que pesam, além da relação qualidade-preço das casas e do custo de vida.
É por tudo isto que Portugal é considerado o melhor país para comprar a segunda habitação, entre 34 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). E os agentes do mercado confirmam que estão a chegar cada vez mais estrangeiros ao nosso país para comprar uma segunda casa. São famílias que chegam, sobretudo, de territórios onde a instabilidade política, económica e social está instalada, como é o caso dos EUA, do Brasil, do Reino Unido. Ou também de países que fazem fronteira com a Rússia ou a Ucrânia, onde se vive hoje um conflito armado.
Passando a pente fino o custo de vida, atividades de lazer e o aumento do valor das casas para comprar e para arrendar de 34 países da OCDE, a ‘Compare the Market Australia’ concluiu que Portugal é o melhor país para comprar uma segunda casa em 2022. Contactados pelo idealista/news, vários especialistas em imobiliário analisam estes resultados e explicam o que faz afinal com que Portugal esteja na mira das famílias estrangeiras para comprar uma segunda habitação e se posicione melhor face a outros destinos.
“A compra de segunda residência em Portugal é, hoje, uma grande tendência para clientes estrangeiros”, afirma Patrícia Barão, Head of Residential na JLL, em declarações ao idealista/news. E por detrás desta tendência estão vários motivos, que não só se prendem com a qualidade de vida, gastronomia, praias e clima ameno que Portugal oferece. Muitos estrangeiros também procuram viver num ambiente de paz, refugiando-se da instabilidade política, social e económica que se tem instalado em vários países pelo mundo.
"Para estas pessoas, chegar a Portugal significa começar uma nova vida num clima de paz, segurança e liberdade”, David Moura-George, diretor geral da Athena Advisers Portugal
É isso mesmo que confirma Rafael Ascenso, CEO da Porta da Frente Christie’s: “O mercado residencial tem tido um dinamismo e crescimento muito fortes nos últimos anos, muito devido ao investimento estrangeiro. Somos um país estável e não violento, onde não há tensões raciais nem qualquer tipo de conflito religioso, político ou extremismo, que são problemas que afetam grande parte dos países que nos têm procurado como os norte-americanos, franceses e suecos”, sublinha.
Esta premissa é reforçada por David Moura-George, diretor geral da Athena Advisers Portugal, explicando que a “crescente instabilidade e insegurança que se regista em países como os EUA ou o Brasil, normalmente decorrente de atos eleitorais ou desrespeito pela liberdade, faz dos norte-americanos e dos brasileiros das nacionalidades mais ativas na compra de casa no mercado português. Para estas pessoas, chegar a Portugal significa começar uma nova vida num clima de paz, segurança e liberdade”, acredita.